Castidade entre jovens: modismo ou nova realidade?

Blogs que propagam esse mandamento somam mais de 50 mil seguidores


Castidade entre jovens: modismo ou nova realidade?
Nos últimos tempos, uma rede de blogs e sites de jovens em busca de relacionamento cristão e uma vida mais próxima de Deus ganharam notoriedade nas mídias sociais.

Blogs como “Não Morda a Maçã”, “Eu Escolhi Esperar”, “Cabeça Jovem” e “Sai do Muro” somam mais de 50 mil seguidores, mas será que essa idéia é seguida na prática ou apenas um modismo entre os jovens na internet?

Para o Pastor Nelson Júnior, idealizador do “Eu Escolhi Esperar”, o movimento é muito mais do que uma moda. Coincidentemente na noite em que o programa da TV Globo “Profissão Repórter” exibia o comportamento sexual desenfreado dessa geração, o tag #GeraçãoEscolhiEsperar estava nos Twitter Trends como um dos assuntos mais falados do Brasil.

“Há uma geração promíscua e libertina, mas também há milhares e milhares de jovens nessa nação que estão se separando para Deus. Dizendo ‘não’ ao império mundano e ‘sim’ para a vontade de Deus”, afirma Nelson.

O blog “Não Morda a Maçã” discute assuntos como namoro cristão, vício em pornografia e estudos bíblicos. “Comecei a ler o blog há seis meses e já sinto as mudanças no cotidiano, passei a me valorizar como filha do Rei e a entender como levar esse Evangelho de amor a outras amigas que hoje lêem o blog comigo”, afirma Luciana Oliveira de 22 anos.

Para Nelson o que está acontecendo nas redes sociais é um reflexo de uma nova geração que está se levantando no Brasil. Segundo ele, milhares de jovens já tomam a decisão de guardar suas vidas, ou esperar, independentemente do que leem na Internet. O pastor também afirma não acreditar que todos que seguem o blog obedecem suas propostas.

Ele explica: “Um monte de gente vai à igreja e não muda. Vamos expulsá-las da igreja? Não. Da mesma maneira com o blog. Vamos continuar pregando, crendo que estamos lançando sementes, crendo no poder transformador da palavra. Essas pessoas podem vir a ter uma experiência num ambiente favorável.”

Fonte: Christian Post
Fonte: CPAD NEWS

Crente viciado em pornografia

 Eu não queria continuar olhando, mas não conseguia parar...




As últimas brasas da fogueira já estavam quase apagadas. As etiquetas nas garrafas estavam danificadas, depois de dias expostas ao sol. Os que haviam acampado perto de minha barraca já estavam longe há algum tempo. Meu amigo e eu pegamos as coisas que estavam para trás. Ficou apenas um CD de hip-hop. Tínhamos algumas malas e garrafas vazias. Além de uma revista. Sua capa estava molhada e irreconhecível. Eu a abri com um pedaço de galho que encontrei no chão. Havia orvalho naquele dia e as páginas da revista também estavam molhadas. Naquele momento eu vi uma mulher. Ela estava com seus seios descobertos.

Bicicloteca: bike itinerante doa livros a moradores de rua

Débora Spitzcovsky 22 de julho de 2011

Foto: Divulgação/IMV
Está na Constituição brasileira: todo o cidadão tem direito à cultura e educação e, para ajudar a cumprir essa Lei, o IMV – Instituto Mobilidade Verde criou a Bicicloteca, uma bike itinerantedesenvolvida para percorrer as ruas das cidades brasileiras doando livros aos moradores de rua.
Com um compartimento traseiro que tem capacidade para armazenar até 150 kg de livros, a Bicicloteca é capaz de levar a leitura a centenas de desabrigados, que para ganhar uma obra só precisam fazer uma promessa: doar o livro para outro morador de rua, quando terminarem a leitura – já que seria inviável pedir para que obras fossem devolvidas à biblioteca, como de costume.
O projeto ainda está no começo e a primeira Bicicloteca do IMV será doada, na próxima segunda-feira, 25 de julho – não por acaso, o Dia do Escritor – para o MEPSRSP – Movimento Estadual de População em Situação de Rua de São Paulo, que oferece assessoria jurídica aos desabrigados, além de encaminhá-los para projetos sociais e empresas dispostas a oferecer emprego.
Até o final do ano, o Instituto ainda pretende entregar outras dez Biciclotecas, em diferentes cidades brasileiras, para ONGs comprometidas com projetos que visam levar cultura à comunidade, que receberão todo o auxílio do IMV para implantar a iniciativa. (As organizações dispostas a receber uma bike itinerante podem enviar ao IMV, no e-mailcontato@mobilidadeverde.org, um pedido formal, que será avaliado pelo Instituto
Quem tiver livros em casa também pode participar do projeto, doando as obras – pessoalmente ou pelo correio – para a Biblioteca Municipal Mário de Andrade (Rua da Consolação, nº 94, República – São Paulo/SP), que encaminhará os livros para as Biciclotecas do IMV.
E aí, gostou da iniciativa?
Fonte: Abril.com

A esperança que não morre

A esperança é um sentimento que faz parte do ideário de todo homem. É um sentimento que não requer muita elaboração. O substantivo é derivado do verbo “esperar” e tem suas origens no latimsperantia. E, em sua acepção mais comum, embora esteja associada ao bem e a valores elevados, em sua essência é sentimento que subjaz nas recamaras mais íntimas de todo homem e pode estar ancorada n’algo nobre e bom, ou em desejos egoístas e maus. O ponto é todo homem aspira algo. Todo coração – sede dos sentimentos – deseja alguma coisa. Os anelos são característica comum ao homem, e, em grande medida, o propulsor de todo avanço humano. A história e a literatura são pródigas em fornecer exemplos que corroboram esta realidade. Desde motivos altivos, como a justiça de Sócrates, exibida em seu embate com Trasímaco no primeiro livro da República de Platão, bem como na epopéia de Camões, ao narrar a heróica empreitada de Vasco da Gama pelos “mares nunca d’antes navegados”, aonde chega a citar a esperança mais de uma dezena de vezes, até às aspirações de conquista e poder que permearam a história da humanidade, como seu viu no nascimento e queda de diversos impérios; enfim, a esperança é o sentimento por trás das ações que provocaram tais progressões.
Mas, a Palavra de Deus tem empregado esta expressão sempre com um sentido muito próprio. Para o cristão, a esperança é um sentimento muito caro, que se expressa pela fé e ambos são, reconhecidamente, fruto da ação da graça de Deus no coração do homem. Nas Escrituras, a esperança está ligada à essência da vida cristã. Em várias oportunidades, o apóstolo Paulo emprega as expressões fé, esperança e amor para descrever o que deveria tipificar de forma mais fundamental a vida cristã [Rm. 5.2-5; Gl. 5.5,6; 1 Ts. 1.3; 5.8 e 1 Co. 13.13]. Na linguagem do apóstolo Paulo, esses três dons parecem ser essenciais ao cristão, de modo que a vida cristã poderia bem ser resumida pelo exercício deles. A Esperança é um dos dorea de Deus que, como podemos ver em 1 Co. 13.13, está na galeria dos mais excelentes dons. A esperança do porvir é o que sustenta o cristão neste mundo de trevas e anima seu espírito a continuar caminhando. Na alegoria de John Bunyan, o Peregrino, um dos companheiros de viagem do protagonista era Esperança. Sempre que, em sua jornada, Cristão se via desanimado e em situação de pecado, Esperança foi-lhe um companheiro muito útil, que fazia-lhe lembrar de onde ele tinha saído e para onde estava indo; Esperança foi um grande consolo para Cristão nos momentos mais difíceis de sua jornada. Confortou-lhe quando seu companheiro, Fiel, foi martirizado e acompanhou-o até que Cristão contemplou a cidade celestial à sua frente. Assim deve ser conosco. Paulo tinha grande estima por este dom de Deus porque ele é, de alguma maneira, nosso senso de antecipação do tempo em que estaremos junto de Deus o Pai, na presença de todos os santos, no reino por vir. A esperança é o que distingue o cristianismo da maior parte das seitas. Nós temos um senso de espera; de antecipação; de aguardo, como a noiva aguarda o noivo na beira do altar, assim aguardamos a vinda do reino de Deus, cheio de expectativa e felicidade. Nós nos preparamos para a vinda do cordeiro. A esperança produz esse senso de preparação; de aperfeiçoamento. O Senhor Jesus estimula-nos a anelar pela vinda do reino em sua oração, o Pai nosso: Venha o teu Reino, disse Jesus, como lemos em Mateus 6.9.
A vida de diversos dos heróis da fé é caracterizada justamente pela esperança. A vida de grandes homens de Deus, quando vistas em perspectiva, demonstram como a esperança no Senhor foi fonte de consolo diante de dificuldades e situações extremas cujo desfecho eles não conheciam, mas que, pela esperança na Palavra de Deus, viram sua fé fortalecida e sua confiança, renovada. Vemos isso nos patriarcas, em José, em Moisés, e em muitos outros fieis servos Deus com quem Ele entrou em aliança. A vida do rei Davi, todavia, é uma ilustração viva de como a esperança foi-lhe uma aliada sempre presente e companheira de seus triunfos. Vemos que, num dos momentos mais dramáticos de sua vida, quando, após haver sido ungido como futuro rei de Israel, haver vencido inimigos poderosos, tornado-se, ainda tão jovem, general do exército do rei, casado-se com sua filha, e encontrado grande fama e simpatia entre seus conterrâneos, enfim, após haver alcançado posição tal que, o que se esperaria era tão somente a confirmação da palavra profética de Samuel, então, conforme se acha registrado em 1 Samuel de 18 a 21, uma série de eventos trágicos se desencadeiam, e, perplexo, o grande herói se vê em fuga frenética daquele a quem, d’antes, defendera com a vida e com quem se aparentara, Saul; vê-se indiretamente responsável pela morte de vários dos profetas do Senhor e, finalmente, em desespero, em fuga para a nação mais odiosa, a terra dos filisteus, para a cidade de Golias, e, tendo como aparato de defesa, justamente a espada e escudo de Golias, o que seria, naturalmente, reconhecido pelo povo da cidade e tido como ato de provocação. No auge do desespero, Davi é capaz de lembrar-se da Palavra do Senhor, das promessas do Senhor e de expressar sua resoluta confiança em Deus. Vemos a certeza de sua esperança em todo o Salmo 56, especialmente quando Davi vincula sua esperança à Palavra – Palavra que ele exaltava e louvava. Davi celebrou seu livramento deste episódio pelas palavras do Salmo 34.
A esperança do cristão está ligada à Palavra de Deus e à certeza de que, pela fé, ela se cumprirá.
Salomão esboça esta realidade com grande destreza no texto de Provérbios 13.12, que diz “A esperança que se adia faz adoecer o coração, mas o desejo cumprido é árvore de vida”. Aqui, ao empregar o paralelismo próprio dos provérbios judaicos, ele demonstra a realidade acerca da expectativa humana e corrobora o dito popular sobre a esperança: “a esperança é a última que morre”; de fato, a expectação não alcançada traz sofrimento, angustia e desânimo, fazendo “adoecer o coração”. Em palavras mais concretas, ao demonstrar que todo esforço e conquistas humanas são “vapor”, em Eclesiastes, somos confrontados com o fato que, todo esforço e toda esperança do homem são vapor, se não estiverem alicerçados na única fonte verdadeira de alegria e gozo: as promessas do Senhor. A expressão “árvore da vida” é emblemática nas Escrituras. Era a fonte da vida no Jardim e é a planta viçosa do reino porvir. Agostinho “brincou” com as árvores da perdição e da vida ao discorrer sobre sua perdição – na pereira – e sua salvação – no jardim onde havia uma árvore – em suas Confissões. Vemo-la ainda nos Salmo 1 e em Jeremias 17.8 como ilustração do homem que deposita sua confiança, sua esperança no Senhor e em sua Palavra.
John Piper, ao citar Jonathan Edwards e C. S. Lewis em sua pequena obra Plena Satisfação em Deus[1], lembra que o maior problema do homem não é o fato dele buscar a felicidade, mas o de fazê-lo na fonte errada. A principal fonte de felicidade e alvo peremptório de esperança do homem é Deus, e Ele só pode ser achado em Cristo, o qual, por sua vez, é encontrado no Evangelho da Salvação, a qual encontra o coração do homem pela pregação da Palavra (Rm. 10.17).
Assim, a santa aliança que Deus estabeleceu com o homem e o compromisso que Ele tem com sua própria glória e Palavra haverão de ser a fonte da mais resoluta, segura e firme esperança de todo homem. Esta esperança não morre, mas ela se cumprirá plenamente. Neste dia, ela se desvanecerá, e apenas o amor permanecerá (1Cor. 13.13).
[1] Piper, John. Plena Satisfação em Deus 1ª Ed. (São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2009)
Fonte: Blog Fiel

Além de Amy, conheça outros nomes da música mortos aos 27 anos

Encontrada morta neste sábado (23) em seu apartamento no bairro de Camden, em Londres, Amy Winehouse passa a fazer parte do clube dos roqueiros mortos aos 27 anos.



Veja os artistas que morreram aos 27 anos
Coincidência ou não a cantora conhecida por seus problemas com drogas e bebidas, se junta a outras estrelas tão problemáticas quanto ela. Entre elas, Kurt Cobain (1967 -1994), Jimmy Hendrix (1942-1970), Janis Joplin (1943-1970), Jim Morrison (1943-1971), Brian Jones (1942-1970) e Kristen Pfaff (1967-1994).
Veja abaixo lista e resumo de quem deixou o mundo da música precocemente aos 27 anos.

Um irmão como esse



Um amigo meu chamado Paul ganhou um automóvel de presente de seu irmão no Natal. Na noite de Natal, quando Paul saiu de seu escritório, um menino de rua estava andando em volta do reluzente carro novo, admirando-o.

- Este carro é seu, senhor? - ele perguntou. Paul assentiu. -Meu irmão me deu de Natal.
O garoto ficou boquiaberto. -Quer dizer que foi um presente de seu irmão e não lhe custou nada? Rapaz, quem me dera... - hesitou ele.

É claro que Paul sabia o que ele ia desejar. Ele ia desejar ter um irmão como aquele. Mas o que o garoto disse chocou Paul tão completamente que o desarmou.

-Quem me dera (continuou o garoto) ser um irmão como esse. Paul olhou o garoto com espanto, e então, impulsivamente, acrescentou:
-Você gostaria de dar uma volta no meu automóvel? - Oh, sim, eu adoraria. Depois de uma voltinha, o garoto virou-se e, com os olhos incandescentes, disse:
-O senhor se importaria de passar em frente a minha casa?

Paul deu um leve sorriso. Pensou que soubesse o que o rapaz queria. Ele queria mostrar para os vizinhos que podia chegar em casa num carrão. Mas Paul estava novamente enganado.

-Pode parar em frente daqueles dois degraus? -perguntou o garoto. Ele subiu correndo os degraus. Então, passados alguns momentos, Paul ouviu-o retornar, mas ele não vinha depressa. Carregava seu irmãozinho paralítico. Sentou-o no degrau inferior e depois como
que o fortemente abraçou e apontou o carro.

- Aí está ele, amigão, exatamente como eu te contei lá em cima. O irmão deu o carro a ele de presente de Natal e não lhe custou nem um centavo. E algum dia eu vou te dar um igualzinho... então você poderá ver com seus próprios olhos, nas vitrines de Natal, todas
as coisas bonitas sobre as quais eu venho tentando lhe contar.

Paul saiu do carro e colocou o rapaz no banco da frente. O irmão mais velho, com os olhos brilhando, entrou atrás dele e os três deram uma volta comemorativa.
Naquela noite, Paul aprendeu que a felicidade maior sentimos quando a proporcionamos à alguém.
Dan Clark
Fonte: Texto extraído do livro "Canja de Galinha para a Alma"



Leitura da Bíblia gera desejo maior por justiça social e preocupação com pobreza


Estudo mostra que leitura da Bíblia gera desejo maior por justiça social e preocupação com pobreza




Coordenado pelo pesquisador Aaron Franzen, novo estudo da Universidade norte-americana Baylor revela que a leitura frequente da Bíblia gera um apoio maior a questões que vão desde a compatibilidade entre ciência e religião até um tratamento mais humano dos criminosos.
O estudo, um dos primeiros a analisar as consequências sociais da leitura das Escrituras, revela que os efeitos desse hábito devocional parecem transcender as fronteiras comumente estabelecidas entre conservadores e liberais. Nessa pesquisa, menos de 25% dos entrevistados disseram ler a Escritura uma vez por semana ou mais.
Mesmo com o aumento da oposição ao casamento homossexual e à legalização do aborto justificados pela leitura constante da Bíblia, as pessoas entrevistadas dizem que é igualmente importante lutar por uma maior justiça social e econômica. Não foram apenas cristãos liberais que afirmaram ter uma mudança de atitude.
Em muitos casos, pessoas que acreditam que a Bíblia é literalmente verdadeira, mas raramente a leem, discordam da visão dos evangélicos que afirmam ler o texto sagrado todos os dias.
Para Franzen, seu estudo mostra que “os literalistas tendem a ler a Escritura com mais frequência, mas ao longo do tempo a leitura apenas reforça seu conservadorismo”.Desafiando estereótipos
Franzen especula por que poucas pesquisas são feitas sobre os efeitos da leitura das Escrituras: “as contantes referências à Bíblia reforçam a ideia de que todos sabemos o que ela diz e, consequentemente, a leitura se torna simplesmente um hábito que acaba, por vezes, sendo uma atividade sem reflexão”.
Outra pesquisa sobre religião da Baylor (que entrevistou cristãos evangélicos em 2007) reforça a opinião de Franzen. No estudo, a frequência de leitura da Bíblia foi apontada como uma das mais poderosas influências na formação de opinião sobre questões morais e políticas.
Outros dados relevantes
A probabilidade de os cristãos dizerem que é importante procurar ativamente a justiça social e econômica para ser uma boa pessoa aumentou 39% entre o que fazem a leitura da Bíblia ao menos uma vez por ano comparado aos que leem mais de uma vez por mês.
Entre os cristãos entrevistados, 27% estão mais propensos a dizer que é importante consumir ou usar menos produtos e ser uma pessoa boa ao se tornaram leitores mais frequentes da Bíblia.
Ler a Bíblia com maior frequência também está ligado a melhores atitudes em relação à ciência. Os entrevistados mostraram que, entre os que mais leem a Bíblia, têm 22% menos probabilidade de ver a religião e a ciência como incompatíveis.
As questões pareciam importar mais do que a divisão conservador-liberal. No caso de outro debate sobre a política pública e a união de pessoas do mesmo sexo, quase metade dos entrevistados que leem a Bíblia menos de uma vez por ano disse que homossexuais podem casar-se, enquanto que apenas 6% das pessoas que leem a Bíblia várias vezes por semana aprovam essas uniões.
Os leitores mais assíduos da Bíblia também mostraram-se mais propensos a se opor ao aborto legalizado, à pena de morte. Além disso, pedem punição mais severa para criminosos e o aumento da autoridade do governo para combater o terrorismo.
Sem surpresas
Os resultados podem ser surpreendentes para os que tendem a separar os cristãos apenas em blocos de direita e esquerda ou liberais e conservadores, que andam em sintonia com os políticas mais conservadoras. Mas os resultados são consistentes com pesquisas anteriores.
Em um artigo de 1998, publicado pelo Journal for the Scientific Study of Religion, os sociólogos Mark Regnerus, Christian Smith e David Sikkink descobriram que os dados da Pesquisa Sobre Identidade Religiosa e Influência  (de 1996) sugeriram que, ao contrário da “sabedoria convencional”, os protestantes conservadores estavam entre os mais generosos nas doações para ajudar aos pobres.
James Bielo, professor de antropologia da Miami University, disse que os resultados da pesquisa de Franzen não são surpreendentes. Ele afirma: “Quando as pessoas leem a Bíblia, muitas vezes no contexto de outras influências, como uma igreja local, na companhia de seu cônjuge ou filhos, ou seguindo um guia de estudo, frequentemente percebem uma nova posição ou encontrar alguma nuança no que eles já acreditam”.
Em seu trabalho etnográfico com os evangélicos, Bielo descobriu que a maioria acredita que religião e ciência são compatíveis. “Em última análise, eles diriam que toda verdade é a verdade de Deus”, disse ele.
Possivelmente, a questão principal não é se os cristãos são influenciados pela leitura da Bíblia, mas quantos leem a Bíblia o suficiente para que ela faça alguma diferença. Como C. S. Lewis afirmou certa vez: “A questão principal não é o quanto a Bíblia é lida, mas como ela é entendida”.


Fonte: PavaBlog 

Oito benefícios que a amizade traz para sua vida

Até a ciência comprova as vantagens de ter amigos de verdade


Como um flashback, tente relembrar os momentos mais marcantes que você já viveu. Na maioria deles, quem estava do seu lado? Certamente, aqueles que você pode chamar de amigos. Escolhidos a dedo ou impostos pelo acaso, eles servem de combustível para enfrentarmos desafios do dia a dia, dividindo experiências boas e ruins.

"A amizade é uma das formas de aprimoramento do ser humano", afirma a psicóloga Marina Vasconcelos. Ela rompe as fronteiras do preconceito e torna-se essencial, seja entre colegas, vizinhos, pais e filhos, irmãos, namorados ou marido e mulher. E o seu corpo agradece: ter amigos traz benefícios tanto para a saúde mental como física. Confira oito vantagens de cultivar sempre seu círculo social: 


Risco menor de doenças
Pesquisas confirmam: seu corpo fica mais imune a problemas de saúde. Pesquisadores da Universidade de Chicago, nos EUA, identificaram que pessoas muito solitárias ao longo da vida tendem a ser mais indefesas, ter noites ruins de sono e sofrer mais com as complicações enfrentadas ao longo da vida, como o estresse. Outro estudo americano, publicado no Journal of the American Medical Association, apontou uma relação entre solidão e o risco maior de ter doença de Alzheimer.




Vida mais longa
Seus amigos mal devem imaginar, mas a presença deles melhora 50% a chance de você viver mais. O dado vem de pesquisadores da Brigham Young University, nos EUA, que analisaram 148 estudos feitos durante sete anos e meio. Segundo eles, quem passa grande parte da sua vida sem interações sociais tem um prejuízo relacionado à longevidade que pode ser comparado a fumar cigarros todos os dias, ser alcóolatra ou ser obeso.

Mais otimismo no seu dia a dia
A felicidade é contagiante e a comprovação vem de um estudo da Universidade de Califórnia e de Harvard, nos EUA. Durante duas décadas, cinco mil pessoas foram analisadas. Como resultado, a probabilidade de sorrir mais para a vida cresceu em até 60% nos participantes que conviviam com pessoas alegres. É um efeito dominó: se você é otimista, a chance de seu amigo e até do amigo do seu amigo também ficarem felizes é muito maior.

Saúde para o coração
Vínculos afetivos estimulam as emoções positivas, certo? Essas emoções, por sua vez, influenciam nos batimentos cardíacos. Um estudo que durou dez anos, da Universidade Columbia, nos EUA, mostrou que pessoas normalmente felizes, entusiasmadas e satisfeitas têm menos chance de serem depressivas e apresentam um risco 22% menor de ter infarto ou desenvolver doenças cardíacas.

A melhor forma de dividir seus sentimentos
Essa é uma necessidade natural de todo ser humano: compartilhar experiências e sensações. "A cumplicidade explica a ligação que torna os amigos inseparáveis. A compreensão que existe nesse tipo de relacionamento é profunda e marcada por muitas descobertas em conjunto, diferente do que acontece no ambiente familiar onde as posições estão marcadas desde sempre", explica a psicóloga Marina Vasconcellos.

Relações amorosas duradouras
O psicólogo John Gottman, da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, afirma que ser amigo é uma espécie de "cola" que une marido e mulher em um casamento estável. Ele só concluiu isso depois de duas décadas de pesquisa. "Os casais mais felizes, com relacionamentos de longo prazo, falavam da presença da amizade no casamento e sobre como amar e fazer amor é uma extensão dessa amizade", conta o especialista. Ainda de acordo com ele, 70% da paixão, do romance e do sexo para os homens decorre da amizade, e a porcentagem é ainda maior para as mulheres.

Amadurecimento longe da depressão
A prática de se relacionar e manter amizades ajuda a amadurecer e isso serve principalmente para as crianças. De acordo com um estudo da Universidade do Maine, nos Estados Unidos, apenas um amigo de verdade já é suficiente para ajudar os pequenos a se desenvolverem psicologicamente e mandaram para longe a depressão, a baixa autoestima, a ansiedade e a depressão.

Físico em forma! 
Ter amigos nos livra de muitos problemas relacionados à depressão e ao tédio. "Pessoas depressivas tendem ao sedentarismo e a uma dieta desequilibrada", explica o cardiologista Juliano de Lara Fernandes, do Instituto do Coração, em São Paulo. Portanto, estreitar os laços significa diminuir o risco de estar acima do peso. Além disso, um estudo da Universidade de Bristol, no Reino Unido, apontou que, se seus melhores amigos praticam atividades físicas, as chances de você também sair do sofá são grandes. Tudo por conta da capacidade de influência das amizades.

Fonte: Uol.com

Os benefícios de um simples abraço


Entenda como o abraço pode influenciar positivamente na sua qualidade de vida



abraço é um dos principais gestos de afeto, ele permite ao mesmo tempo uma sensação gostosa de conforto e de proteção. Além disso, o abraço é o carinho universal, pois pode ser dado e recebido de qualquer pessoa.

Porque abraçar faz bem para a saúde?

abraço é muito importante para o bem-estar porque ativa diretamente as regiões temporais e frontais do cérebro, que são as partes ligadas ao prazer. Durante o abraço, o cérebro libera dopamina e serotonina, que são os hormônios que provocam essa sensação.
Além de estreitar as relações entre as pessoas e promover a empatia entre elas, oabraço também pode ser grande aliado no combate ao estresse. Estudos apontam que o abraço diminui os níveis de alguns hormônios ligados ao estresse, pode ajudar a diminuir a pressão sanguínea e, consequentemente, o risco de doenças cardíacas.
Outras pesquisas mostram ainda que oabraço gera o aumento de uma substância chamada oxitocina, que faz com que a pessoa queira ser cada vez mais abraçada por sentir os benefícios que o gesto traz. Sendo assim, quanto mais a pessoa é abraçada, menos estressada ela fica e mais abraços ela vai querer, criando um círculo virtuoso e encorajando este hábito saudável.
Do mesmo modo que o abraço age nos níveis hormonais, ele também tem efeitos positivos nos sentimentos de cada um. Ao receber um abraço, a pessoa se sente acolhida e mesmo nos casos de depressão, em que ela não vê mais saída, é possível que esse quadro se reverta e a pessoa se sinta mais forte para lutar por sua vida.

O abraço e os relacionamentos

É aconselhável que os membros de uma família se abracem ao menos uma vez por dia. Isso os deixa mais próximos e também mais unidos. Na correria do dia a dia, muitas vezes a família acaba passando pouco em contato e perde várias oportunidades de carinho. É muito importante que as crianças sintam o conforto do abraço de seus pais ou eles vão acabar recorrendo a outras fontes de carinho e atenção.
Os casais também se beneficiam dos benefícios do abraço. Alguns psicólogos consideram, inclusive, que o abraço é até mais importante que o beijo. Quando duas pessoas se abraçam, o sentimento reforçado é o de que não há diferenças ou barreiras que as separe, e isso é imprescindível para o sucesso dos relacionamentos.
Além de todos esses fatores positivos relacionados ao abraço, ele também pode servir para alegrar o dia de alguém. Abrace alguém que não espera por este gesto, como uma colega de trabalho, desde que você tenha abertura suficiente para isso. Você perceberá que a pessoa vai sorrir e o clima entre vocês ficará mais saudável e leve.
Por fim, não restam dúvidas de que o abraço é um dos gestos de carinho mais importantes da humanidade. Ele é compreendido por qualquer pessoa, de qualquer país, qualquer idade e qualquer raça. Abuse dos abraços e aproveite o bem-estar que ele pode proporcionar.
Fonte: Dicas de Mulher

CRACK DESTRÓI - CLIP - CAMPANHA CONEAD-MG

O Instituto Minas pela Paz, com Apoio do Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas de Minas Gerais (CONEAD-MG) e do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJM-MG) lançou a Campanha "Crack Destrói". O site traz informações sobre a droga e sua periculosidade, mitos e verdades, exemplos de como o crack destrói sonhos e vidas e como usuários, parentes e amigos podem procurar ajuda. Saiba mais e ajude a divulgar a campanha:


Alegrias e tristezas dos missionários brasileiros


Sete missionários brasileiros, representando quatro famílias. Rostos radiantes: voltar à terra natal após 3 anos era de uma satisfação imensa. Enquanto os filhos – ainda mais evidentemente felizes – corriam e brincavam numa algazarra contagiante, os missionários ouviam e respondiam perguntas sobre suas tristezas e alegrias.


Eles trabalham em países de difícil acesso ao Evangelho, com instabilidade política, social e religiosa. Estão de férias no Brasil por três meses. Se encontraram ontem (13/07) para uma refeição comunitária com amigos e intercessores enquanto participam do Encontro de Restauração para Missionários, promovido pelo Centro Evangélico de Missões (CEM), em Viçosa (MG).


Foram honestos em reconhecer que a sensação de inutilidade (por ainda não conseguirem falar a língua local tão bem ou por serem restringidos pela cultura) é uma das maiores tristezas. “É angustiante não poder falar abertamente do Evangelho”, disse uma missionária. Por outro lado, cada pequena vitória é de grande valor. Esta mesma missionária conta, com alegria, que começou a visitar mulheres de uma favela do Paquistão e as ensinou a costurar, com máquinas de costura doadas por cristãos brasileiros.


Um missionário que mora na Índia narrou o interesse surpreendente do um morador da zona rural que logo no primeiro encontro pediu para estudar a Bíblia em sua língua local, e que continua buscando mais Jesus.


Com lágrimas dos olhos, uma missionária narra como sua filha, de 11 anos, sofreu bullying em sua escola na Índia. Em seguida, a missionária sorri e diz que a filha superou os obstáculos e foi destaque em uma olimpíada escolar estadual. “Nossos filhos não escolheram estar conosco, mas eles fazem parte da nossa equipe. Ficamos mais felizes quando sabemos que vocês oram por nossos filhos do que até mesmo quando oram por nós”, conta. Com otimismo, seu esposo diz: “Ser missionário não é fácil, mas não é um bicho-de-sete-cabeças”.


Um missionário do Sudão desabafa: “não estou com saudades de lá”, para em seguida afirmar que voltará ao país. “Estávamos cansados, e retornar para cá e reencontrar a família, os amigos, a igreja é muito bom. No entanto, quando chegamos aqui, percebemos que as perspectivas mudaram. Nossos amigos mudaram”. Sobre as dificuldades de trabalhar como missionário transcultural, ele afirma: “O Evangelho lá não existe, mas relacionamento existe”.


Uma missionária que trabalha no Egito confessa que há mais de 12 anos trabalhando, é a primeira vez que a família consegue ter um tempo de férias realmente planejado. “É muito melhor. Estamos menos estressados e sabemos aonde iremos e quando voltaremos”. Seu esposo diz que foi muito difícil estar diante de tantos problemas sociais e discernir como ajudar. “Tivemos que ter certeza do foco de Deus para nós diante de tantas dificuldades. Decidimos trabalhar com um dos grupos mais pobres: os refugiados”.


Antonia Leonora van der Meer (Tonica), uma das organizadoras do Encontro de Restauração para Missionários do CEM, escreve em seu livro Missionários Feridos:
“A vida missionária é um privilégio. Porém, é uma carreira que tem um alto custo. Há muitos desafios, o estresse está sempre presente e com freqüência envolve sofrimento. Por isso, os missionários precisam de compreensão e apoio amoroso.”


“A maioria dos missionários brasileiros recebe pouco cuidado pastoral. As igrejas esperam que seus missionários sejam pessoas especialmente capacitadas por Deus, que apresentem grandes histórias de sucesso. Porém, há missionários deprimidos por causa de experiências dolorosas no campo, por causa de problemas em sua equipe ou por serem confrontados com situações de guerra ou morte.”

Religiões Comparadas: o Budismo





INTRODUÇÃO

O budismo é uma religião de abrangência e importância mundial. Está presente em todos continentes, com evidente predominância na Ásia, a ponto de ser designado como a “Luz da Ásia”. Já foi a religião oficial da Índia – pátria mãe do budismo – durante o século III a.C., onde praticamente desapareceu.
É importante destacar que embora o budismo possua profunda característica religiosa nos dias atuais, é um movimento “sem deus ou deuses”, o que faz muitos budistas afirmarem que se trata apenas de uma filosofia de vida ou então um simples caminho de crescimento espiritual, através dos ensinos deixados por Buda.
Sidharta Gautama – ou Gautama Buda – o fundador do budismo, não acreditava em deuses, o que fez da literatura monástica budista um movimento onde o conceito de divindade seja insignificante ou até mesmo nulo.
Interessante é notar que com o tempo o próprio Gautama foi endeusado por seus seguidores, a ponto de ser visto, sejam em templos ou nas casas de seus seguidores, estátuas que simbolizam Buda, sejam estas minúsculas ou colossais que remetem os budistas à idolatria e adoração ao fundador deste sistema de crença/filosofia.

Por que é tão difícil sair da internet e ir trabalhar/estudar/ler um livro

Ana Carolina Prado 6 de julho de 2011

Que atire a primeira pedra quem nunca perdeu minutos valiosos navegando na internet em vez de fazer um trabalho atrasado. Ou quem nunca tenha ido para a cama com a intenção de ler um livro, mas resolveu dar uma olhada rápida no Facebook e no Twitter para, depois, se dar conta de que gastou todo o tempo da leitura apertando o F5 obsessivamente.
Fazer isso vez ou outra não significa que você esteja viciado em internet, mas essa é uma realidade constante para quem tem o problema. Agora, a ciência parece ter descoberto o que esse comportamento não é só uma questão de autocontrole, mas está relacionado a alterações estruturais no cérebro. Um estudo publicado em junho na revista científica PLoS ONE analisou os cérebros de 18 chineses que passavam de 10 a 12 horas em games online e os comparou com outros 18 jovens que gastavam no máximo duas horas na rede.
O resultado revelou que várias pequenas regiões no cérebro dos viciados encolheram significativamente – em alguns casos, entre 10 e 20%.  Quanto mais antigo o vício, mais pronunciada a redução. Para os autores do estudo, esse encolhimento poderia afetar o autodomínio (é por isso que não dá para ficar só 15 minutinhos no Facebook) e o foco em prioridades e metas definidas (ler um livro, por exemplo).
A pesquisa também revelou que a matéria branca cerebral (um dos principais componentes sólidos do sistema nervoso central, ao lado da massa cinzenta) também foi alterada. As imagens mostraram maior densidade de matéria branca em um ponto do cérebro ligado à formação da memória. Por isso, não é raro encontrar viciados em internet com dificuldade para armazenar informações. (Sabe quando você encontra um texto ótimo em um site e pouco tempo depois não faz ideia do que ele dizia? Então.) Já no membro posterior esquerdo da cápsula interna – parte do cérebro ligada a funções cognitivas e executivas -  a densidade da matéria branca caiu, o que pode prejudicar a habilidade de tomar decisões.
Uma explicação possível para essas alterações é que quem passa muito tempo online utiliza mais algumas áreas do cérebro do que outras. Como um músculo, certas áreas podem se desenvolver mais ou menos para se adaptar ao uso que fazemos delas.
Tratamentos radicais
Por falta de evidências científicas, o vício em internet ainda não é um transtorno reconhecido pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM, em inglês), a bíblia dos profissionais da saúde mental. Mas já existem tratamentos para esse problema em vários lugares. Talvez a China seja o país que faça isso com maior rigor: lá tem um polêmico campo de treinamento semimilitar para viciados em Internet que inclui até eletrochoques.  Estima-se que 14% dos jovens urbanos chineses – o que significa 24 milhões de pessoas – tenham esse vício.
Fonte: Abril.com



Hábitos que transformam

Por Ricardo Barbosa de Sousa
Em 1989, o reverendo John Stott veio ao Brasil para falar num dos congressos da VINDE -- Visão Nacional de Evangelização. Depois de uma de suas palestras, nos reunimos para conversar com ele. Era um grupo pequeno de jovens pastores, sentados em torno de um dos maiores expositores bíblicos da nossa geração, perto de completar 70 anos. A conversa seguiu animada. Ele nos deu liberdade para perguntas pessoais e, entre outras, não faltaram aquelas sobre o porquê de não se casar. 

Porém, de todas, guardei apenas a resposta que ele deu quando lhe perguntaram sobre a razão do seu longo ministério tão frutífero. Ele respondeu: “Leio a Bíblia e oro todos os dias, vou à igreja todos os domingos e nunca falto à celebração da Eucaristia”. A resposta foi surpreendente por sua simplicidade.

Sabemos que ler a Bíblia e orar todos os dias, ir aos cultos e participar da Ceia nunca foram, por si só, sinais confiáveis de espiritualidade, muito menos um caminho seguro para a maturidade. Muitas pessoas fazem isso por puro legalismo. Por outro lado, sabemos também que não fazer nada disso é um caminho seguro e certo para o fracasso espiritual.

O doutor James Houston, criticando o abandono da leitura devocional em nossos dias por uma literatura funcional e pragmática, afirma: “Os hábitos de leitura do chiqueiro não podem satisfazer a um filho e aos porcos ao mesmo tempo”. Ao usar a imagem da Parábola do Filho Pródigo, ele nos chama a atenção para o risco de nos acostumarmos com a vida do chiqueiro. Para Houston, as práticas devocionais nos ajudam a perceber que existe algo maior e mais excelente na vida de comunhão com o Pai.

O reverendo A. W. Tozer (1897-1963) escreveu um artigo afirmando que “Deus fala com o homem que mostra interesse”, e que “Deus nada tem a dizer ao indivíduo frívolo”. Mais do que cultivar o hábito de ler a Bíblia, orar e participar do culto, o que na verdade fazemos quando cultivamos estas práticas devocionais é demonstrar o interesse vivo que temos por Deus e por sua Palavra. 

Da mesma forma como a vida necessita do básico (ter o suficiente para comer e vestir, onde descansar), a natureza da vida espiritual repousa sobre o que é essencial (Bíblia, oração, comunhão, adoração e missão). São esses hábitos básicos que nos colocam no lugar onde podemos experimentar a graça de Deus e crescer.

Há hoje muita oferta para a vida e para a espiritualidade. A sedução do supérfluo despreza o essencial. Vivemos o grande perigo de negar o básico, achando que podemos experimentar a graça de Deus e provar sua bondade e amor sem nos aquietar e deixar que sua Palavra molde nosso caráter, que a oração fortaleça nosso espírito e que a comunhão nos sustente em nossa identidade como povo de Deus.

As disciplinas espirituais básicas cultivadas pelo reverendo Stott ao longo de sua vida formaram seu caráter como cristão. Nada pode substituir a prática diária da oração nem a leitura devocional das Escrituras. Nada substitui o valor do culto comunitário nem o mistério da Eucaristia. O cultivo destas disciplinas requer de nós não apenas tempo e perseverança, mas também humildade e coragem para sermos transformados pelo poder de Deus.

Deus não nos chamou para a realização pessoal, mas para a comunhão pessoal e íntima com ele e o próximo. Deus não nos chamou para sermos operários agitados do seu reino, mas para amá-lo e amar ao próximo de todo o coração. Os hábitos devocionais libertam-nos da “normalidade” do chiqueiro e nos transportam para uma existência de comunhão com Deus que enobrece a vida. São estes hábitos que preservam nossos olhos voltados para o alto, para que, aqui na terra, nossa existência ganhe a grandeza dos ideais divinos.

As práticas devocionais fazem parte do processo formativo da alma diante de Deus. Precisamos cultivá-las a fim de permanecermos em sintonia com o reino de Deus, que molda o nosso caráter em Cristo. É a palavra de Deus que devolve a vida aos “ossos secos” da agitação moderna.


• Ricardo Barbosa de Sousa é pastor da Igreja presbiteriana do Planalto e coordenador do Centro Cristão de Estudos, em Brasília. É autor de “Janelas para a Vida” e “O Caminho do Coração”.
Fonte: Ultimato