'A fé moveu montanhas', diz Piñera sobre resgate de mineiros


"A fé moveu montanhas. A fé dos mineiros, a força, a coragem e vontade dos parentes e das equipes de resgate e, claro de todos so chilenos, torna possível este milagre", disse ele.

O presidente também lembrou que o Chile foi golpeado muitas vezes com adversidades e demonstrou que com essa tragédia surge a verdadeira personalidade do nosso povo.

Segundo Piñera, o resgate deve começar em pouco mais de duas horas e o primeiro a sair será Florencio Avalos. Ele tem 31 anos e tem feito vídeos para serem enviados às equipes de resgate e aos parentes na superfície; é irmão de Renan Avalos, que também está preso na mina.

"Foram milhares que trabalharam para chegar a este momento, com a ajuda de Deus espero que possamos terminar essa epopeia de maneira feliz. Que os parentes possam voltar a abraçar aqueles que estão presos na mina", disse o líder chileno.

O presidente enfatizou ainda que o povo chileno não será mais o mesmo após o acidente. "Aprendemos uma lição de forma dura, difícil, com humildade, fé, vontade, coragem. Depois desse desafio, virão outros que esperamos superar com a mesma unidade", disse.

Piñera também agradeceu a solidariedde do mundo inteiro, o estímulo e carinho dos países amigos. "Como presidente do Chile, quero agradecer. Ainda que seja com sorrisos, palavras, pessoas de todo o mundo nos deram forças para enfrentar esses dias que foram momentos de muita tristeza e angústia. Espero que essa noite seja uma verdadeira explosão de alegria", completou.

Operação

Para começar a atividade, a última etapa de um trabalho árduo das autoridades - após os 33 homens terem sido encontrados com vida em 22 de agosto passado -, é necessário finalizar apenas a montagem do sistema que irá içar cada um dos mineiros, o que era realizado nesta tarde.
Piñera, que tem ganhado grande destaque por seu empenho no salvamento destes homens, tem sido bastante aclamado por conta disso, conseguiu também tirar a atenção do país às questões e problemas sociais - como o aumento do desemprego e falta de policiamento nas ruas.

Desde a época do deslizamento que bloqueou os 33 homens em um refúgio a 700 metros de profundidade, o mandatário tem visitado Copiapó, no deserto de Atacama, sempre que há uma grande novidade. Ele também não poupou esforços e pediu ajuda a outras nações para conseguir manter os trabalhadores vivos até eles saírem do local.

Se tudo ocorrer como o planejado, as autoridades estimam que irá levar cerca de 48 horas para retirar todos os trabalhadores - que serão acompanhados constantemente por equipes de especialistas e, logo após chegarem à superfície, serão encaminhados ao hospital regional.

Do UOL Notícias - Em São Paulo Fonte: UOL Notícias
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