- Dedique um tempo para fazer o que seu filho gosta, como ler, brincar, ver um filme ou jogar video game
Trabalho, afazeres e preocupações do dia a dia ocupam muito mais tempo do que os adultos gostariam – e quem mais sofre são as crianças. Por isso, reavaliar as prioridades, organizar horários e aproveitar melhor os momentos em família são fundamentais para uma relação saudável entre pais e filhos.
“Educar exige tempo, sim. Não dá para fazer uma conta de quanto será necessário por dia. Podem ser cinco minutos bem bons ou duas horas, apesar de os dois casos não serem a mesma coisa. É preciso dedicação”, alerta a psicopedagoga Tânia Ramos Fortuna, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Sem regras de tempo
Dividir o tempo disponível em horas só para os filhos e outras para resolver problemas não é a atitude ideal. O melhor mesmo é compartilhar todos os momentos possíveis. “Cronometrar horários de convivência pode ser um desastre. A conversa deve fluir naturalmente, assim como o convívio, e é fundamental para que vocês possam se entender”, diz a psicóloga Cynthia Boscovich.
Não tem outra opção: para conhecer os filhos, é preciso participar de suas vidas. E isso pode ser feito de várias formas – até durante as brincadeiras. “As crianças percebem quando os pais não estão envolvidos com ela. Ouvi-las e prestar atenção às suas necessidades é sempre muito importante”, comenta Cynthia.
De fato, saber ouvir realmente as dúvidas e alegrias é importante para um relacionamento bem sucedido com os filhos. “Os pais devem buscar o equilíbrio sempre. Descansar de suas atividades rotineiras para dar atenção de qualidade aos pequenos; esquecer um pouco os horários, a agenda e a ansiedade, que consome um tempo precioso”, explica a psicopedagoga e psicanalista infantil Deborah Cristina Ramos, do Instituto Brasiliense de Medicina.
Já que não dá para dividir o tempo, o melhor é incluir as crianças em atividades do dia a dia, como fazer compras no supermercado. “Estarem próximos e passarem juntos por momentos agradáveis fará com que, ao crescerem, os filhos tenham os pais também como amigos e companheiros, pois desde a infância existe um vínculo de confiança. Eles saberão que podem contar e compartilhar suas vidas”, diz a psicóloga e psicopedagoga Maria Cecília Galelo Nascimento, professora da Universidade Paulista (Unip).
Confira dicas para dividir as atividades corriqueiras com os filhos e veja o que é possível fazer se há poucos minutos ou muitas horas para passar com eles.
KATIA DEUTNER - Colaboração para o UOL
Fonte: Uol.com
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