Desafio de Ler a Bíblia toda nessas férias


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Sociedade espera voz das igrejas

(ALC) A primeira foi a decisão do ministro Cesar Peluso no julgamento da lei da ficha limpa, mesmo votando duas vezes para que Jader Barbalho, que responde a processos na Justiça, volte ao Senado. E uma sessão exclusiva para empossar a ministra Rosa Weber, sem que ela tivesse votado, sob o risco de garantir a moralidade do ato.
 
A desfaçatez do ministro exigiu que a posse do senador ficha suja fosse imediata, após o recesso parlamentar, obrigando a uma reconvocação do Senado, além de onerar a nação com direitos e recebimentos do ano em que não trabalhou.
 
A despeito da lei, que deveria cumprir e fazer cumprir, além de mostrar desrespeito pela cidadania, já que esta demonstrou seguidas vezes desejar a moralização do poder público.  A interpretação popular é que, apesar da população querer se livrar dos bandidos no poder, o Poder Judiciário deseja outra coisa.
 
A outra decisão, em forma de liminar, exarada pelo ministro Marco Aurélio Mello, o único nomeado pelo único presidente da República a sofrer impeachment no Brasil e na história moderna, em nome do único poder da República sem legitimidade popular – e portanto incólume à vontade dos cidadãos – impedindo que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão criado para fiscalizá-la, investigue seus membros.
 
Isso levou o ministro Ricardo Lewandowski a entrar para a lista dos suspeitos ao negar a investigação de juízes, impedindo que o nome de 216.800 magistrados fossem submetidos ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), do Ministério da Justiça. Sem transparência.
 
Como sabe a Justiça, a plena liberdade de acesso dos réus – alguns desembargadores – às provas, possibilitará a destruição de provas e a fraude, intocáveis pela blindagem à Corregedoria Nacional da Justiça, criada para tal.
 
Mais complicado que saber da atitude de juízes que, corporativamente, asseguram a impunidade dos colegas em detrimento da sociedade brasileira, é saber que são que mais e melhor sabem dos desvios de conduta, de que só serão julgados por colegas e, pior, que a sentença máxima que receberão é a de serem aposentados com todos os recebimentos intocados.
 
Na verdade, uma premiação para funcionários públicos corruptos, frente à qual a possibilidade de condenação não chega a ser um risco.
 
Por trás de todo o processo de moralização da Justiça, especialmente dos juízes, está a atuação da ministra Eliana Calmon, corregedora Geral da Justiça, que inevitavelmente entrou em conflito com o presidente do STF e CNJ, especialmente porque ela referiu-se em público a “bandidos que se escondem atrás das togas”, vista como uma afronta ao Judiciário e não como o que é, uma denúncia do comportamento de juízes, desembargadores e ministros corruptos, isto sim uma afronta à sociedade.
 
Ocorre que a ministra, por dizer a verdade, alcançou o apoio da sociedade e do Poder Legislativo e o ódio dos colegas corruptos, obrigando às ações vergonhosas, recursos vis utilizados pelo presidente, e recurso comum aos que “precisam” se afirmar, diante da afronta.
O fato de isso ter ocorrido na semana de lançamento do livro “A Privataria Tucana” também é sintomático. O escândalo tem proporções geométricas, alcança dos mandatos da presidência, governadores, prefeitos e outros funcionários. Sem falar na cobertura da GAFE (Globo, Abril, Folha e Estadão), que se confirma no silêncio sobre a obra.
 
Se foi comprada aos milhares para ser destruída, só mudou porque a editora vendeu mais, aumentou a procura e se tornou opção de presente de Natal. Além das versões disponibilizadas distribuídas na internet.
 
Aqui entra o papel das igrejas, provocando o debate da convivência humana, especialmente no que diz respeito à convivência dos interesses diversos, determinando leituras com proximidades em algumas partes e divergências brutais.
 
A contribuição das igrejas vem do fato de também serem elas comunidades humanas, marcadas pela busca do Sagrado, com um mandato e hermenêuticas as mais diversas, que vão desde o sentido da salvação que anunciam, da qual nascem e para a qual existem, até a clareza de que não detêm um discurso absoluto – aprendido a duras penas por algumas, e não aprendidas por outras – causando dor e sofrimento a si e à sociedade.
 
As igrejas, desde a Idade Média e a modernidade, têm séculos de aprendizagem da convivência dos semelhantes e dos diferentes, a partir do evangelho que vê os seres humanos em igualdade, e a elaboração do conceito de graça, indispensável no cristianismo.
 
Esse tema reflete a dificuldade de transigir entre a afirmação de fé e a elaboração da prática, já que a prática mostra se o conceito de graça é apenas formal, sem se comprometer com a humanidade plena, noção a que Dietrich Bonhoeffer chamou de graça barata, em contraposição à graça cara, que vai além dos discursos, busca relações igualitárias, sem negar a todos o que afirma a si (Res-publica).
 
Mas essa situação obriga as igrejas a reverem o seu estatuto ontológico básico, a partir de suas origens europeias e portadoras da mesma discriminação trazidas por suas culturas à sociedade brasileira. O problema é que a reflexão das igrejas deve avançar mais, já que a sociedade avançou décadas em uns poucos anos, e com controles religiosos e ideológicos fragilizados.
 
Os membros das comunidades são apanhados rejeitando propostas como cidadania, direitos humanos, respeito ao diferente, solidariedade com os fracos, fazendo-os descobrir, surpresos, que aqueles eram os valores que deveriam anunciar.
 
Ao se descobrirem identificadas com o mesmo sistema de privilégio que defendem – conscientemente ou não, interna e externamente, incluindo ou excluindo pessoas – e, ao perceberem ser parte do mesmo sistema de privilégios, devem pedir perdão, confessar o pecado e viver de forma a sinalizar um novo caminho para a sociedade, e sendo o melhor exemplo prático da mensagem que anunciam.

Fonte: Ultimato

Natal - O nascimento de Jesus – Lc 2.1-14

“E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo: Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor” -  Lucas 2:10-11



Sabemos que no Natal comemoramos o nascimento de Jesus. Sabemos também, que o nascimento de Jesus foi planejado por Deus com alguns objetivos para a humanidade. Quero dizer com isso, que não podemos comemorar o Natal sem refletir pelo menos sobre um dos seus objetivos.

Nesta ocasião abordaremos sobre “reconciliação”. Você já pensou nisso? O nascimento de Jesus proporciona reconciliação. Será que as pessoas hoje precisam de reconciliação? O versículo 14 diz: “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem”. Preste atenção! Esse versículo fala sobre reconciliação, você consegue discernir? 

O que é reconciliação? Reconciliação é quando um relacionamento quebrado é restaurado. Reconciliação é restauração da paz. Reconciliação é paz na terra.

Nunca haverá paz no mundo enquanto não houver paz nas nações. Nunca haverá paz na nação enquanto não houver paz nas famílias. E nunca haverá paz nas famílias enquanto não houver paz em cada pessoa individualmente. E nunca haverá paz no indivíduo enquanto o Príncipe da Paz não for convidado para reinar no seu coração. Jesus Cristo é o Príncipe da Paz. Veja o que diz Isaías 9.6 mencionando o nascimento de Jesus: “Porque um menino nos nasceu,... E o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”. Fica claro para nós, que um dos objetivos do nascimento de Jesus é promover paz na terra e paz em pelo menos três sentidos.

Paz com Deus: Se alguém está tentando viver a sua vida sem Deus, então ele estará em guerra contra Deus e precisa de um acordo de paz, de paz espiritual. O apóstolo Paulo diz em Romanos 5.1: “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo”.

Paz de Deus: Jesus veio nos trazer paz emocional, paz interior, que acontece quando estabelecemos paz com Deus. Se tivermos paz com Deus, teremos paz conosco mesmo. Ou seja, a paz de Deus invade o nosso coração no momento em que fazemos as pazes com Ele. Nossa paz só vai acontecer quando nos relacionamos, conhecemos e aprendemos a confiar e descansar Nele. É isso que Paulo quer dizer em Fp 4.6-7: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus”.

Paz com os outros. A paz que Jesus veio trazer é paz espiritual, é paz emocional, mas é também paz relacional. Ele veio trazer reconciliação entre os homens, entre famílias, entre pais e filhos. Paulo também diz em 2 Co 5.18-20: “Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus.”

E outras palavras, Deus nos tem dado tanto um ministério quanto uma mensagem da reconciliação, para que cada um de nós, tendo recebido a paz com Deus e paz de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, possamos agora ajudar as pessoas a encontrarem paz com Deus, a paz de Deus e paz com os outros.

Concluindo, digo que uma das maiores necessidades do mundo, do nosso país e da maioria das famílias são paz e reconciliação. Esta é a mensagem do Natal, do nascimento de Jesus: Paz na terra e boa vontade entre os homens. Que Deus te abençoe muito nesse Natal. Que você desfrute de muita paz com Deus, consigo mesmo e com todos que você se relacionar nesses dias.

Pr. Márcio Alves de Oliveira
Integrante da equipe pastoral da Igreja Presbiteriana do Cariru e responsável pela Congregação Ebenézer




Redes sociais fazem jovens viverem como em um zoológico, diz psiquiatra

  • 'A informação publicada sobre você [na internet] é como uma jaula', diz psiquiatra britânico A informação publicada sobre você [na internet] é como uma jaula', diz psiquiatra britânico
As redes sociais estão totalmente integradas à vida dos adolescentes: nesses sites eles interagem com seus amigos, conhecem pessoas novas, expõem suas fotos e também seus vídeos. O fato de muitas informações pessoais – publicadas pela própria pessoa ou por seus amigos - ficarem disponíveis na web, no entanto, pode fazer com que os jovens vivessem como se estivessem no zoológico. Ou em um circo. Quem define é o psiquiatra britânico Richard Graham, 48, especializado em crianças e adolescentes: “Todos passam, assistem ao que eles estão fazendo e solicitam algo”.


“A informação publicada sobre você [na internet] é como uma jaula. As pessoas vão dizer isso e aquilo, vão colocar fotos suas e então você estará preso. E tentará controlar isso da forma como pode, mudando seu status, os dados do seu perfil, mas é como brigar com o oceano, onde há muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo”, afirmou o especialista ao UOL Tecnologia.


Graham lidera desde março de 2010 um serviço de atendimento no hospital Capio Nightingale, em Londres, voltado a jovens viciados em tecnologia (leia mais sobre o serviço). A instituição particular tem diferentes tipos de tratamentos para aqueles que não conseguem se desconectar – entre eles, uma internação em que o paciente passa cerca de um mês vivendo no local, sem acesso a computadores.


Confira abaixo os trechos da entrevista ao UOL Tecnologia, em que ele fala sobre redes sociais.
UOL Tecnologia – Como as redes sociais mudam a vida dos adolescentes?
Graham – Os jovens hoje crescem não apenas em um mundo social, mas em um mundo transparente, onde quase tudo é visto por todos. Se você cometer um erro, ele será publico. Se fizer algo bom, também será publico. É como viver em uma casa de vidro sem cortinas, sem portas, onde qualquer um pode entrar e vê-los. Da mesma forma, eles também podem ver todo mundo, o que acaba criando uma competição intensa e uma comparação intensa.


Talvez por isso muitos deles criem identidades falsas: somente sendo outra pessoa, eles conseguem ser eles mesmos. Essa é uma forma de colocar cortina em suas casas de vidro.


UOL Tecnologia – A internet, então, é uma vitrine de gente? 
Graham – É uma vitrine, uma constante competição em que todos querem estar no topo o tempo todo. E isso demanda muito de seus usuários.


UOL Tecnologia – A internet pode aumentar a ansiedade, pelo fato de o usuário querer checar e responder mensagens?
Graham – Sim. A informação publicada sobre você é como uma jaula. As pessoas vão dizer isso e aquilo, vão colocar fotos suas e então você estará preso. E tentará controlar isso da forma como pode, mudando seu status, os dados do seu perfil, mas é como brigar com o oceano, onde há muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo.
Se pensarmos que, além dos amigos, as empresas também estão de olho nas informações publicadas online, me parece que os jovens hoje podem se sentir como vivendo em um zoológico. Ou em um circo. Todos passam, assistem ao que eles estão fazendo e solicitam algo deles.
Isso sem contar aqueles que sofrem ciberbullying, quando às vezes recebem por dia centenas, milhares de mensagens. Isso faz a pessoa se sentir incapaz de controlar o que está sendo dito sobre ela. E quanto mais você confrontar o que é dito, mais poderoso será o efeito [da mensagem]. Minha preocupação com os jovens é que essa situação seja tão intensa que possa ser capaz de controlá-los.
Mas essa situação também pode funcionar de outro jeito. Você pode ser o Justin Bieber e fazer muito sucesso na internet. Ou organizar via mensagens na internet manifestações como as que aconteceram no Egito, na Líbia, na Tunísia.


UOL Tecnologia – Hoje em dia, muitas pessoas ficam conectadas à internet de seus celulares mesmo quando estão com outras pessoas. Qual o impacto desse hábito?
Graham – Quando você anda pelas ruas, hoje, a sensação é de que 30, 40% das pessoas estão olhando para seus celulares. O que perdemos com isso é a satisfação de realizarmos coisas mais complicadas, difíceis ou desafiadoras, que certamente não são tão rápidas. Temos a impressão de que algo só vale a pena se acontecer rápido. Em toda situação vai existir alguns momentos que são entediantes, que não são tão importantes, que pode se sentir um pouco excluído. Hoje, nesses momentos, é como se tivéssemos um irmão gêmeo [virtual] e recorrêssemos a ele o tempo todo.


UOL Tecnologia – Mas esse “eu virtual” pode ser mesmo mais divertido, não?
Graham – Isso tem um preço. Ele pode fazer com que você perca coisas que seriam mais envolventes, mais gratificantes. Quando você vai a um show, hoje, as pessoas ficam segurando seus telefones e assistindo a tudo pela tela do telefone. O que você vê na tela pode mostrar o que acontece, mas é bidimensional, não é tão imersivo como se você usasse todo o seu corpo, seus sentidos. Você pode levar três dias para ler um livro, mas é uma experiência diferente de ver um vídeo de três minutos: no livro algo se constrói, há uma construção.


UOL Tecnologia – A oferta da internet está cada vez maior, inclusive nos celulares. Para onde caminhamos com tanta tecnologia disponível?
Graham - Ninguém vai impedir que a tecnologia se desenvolva, mas nós que trabalhamos com saúde precisamos entender como ela muda e como ela nos muda. Temos de nos manter atualizados com a tecnologia e trabalhar com a indústria para que eles também sejam socialmente responsáveis por ela.
O Google, por exemplo, tem 50% ou mais de seu quadro de funcionários composto por engenheiros, não há psicólogos. Eles pensam no que funciona para o negócio, o que é bom para a economia, mas há problemas com os quais precisamos lidar.


Precisamos desenvolver diretrizes para usar a internet e, fundamentalmente, aumentar a consciência de todos sobre o uso da internet. Para pais e profissionais como eu há muitas dúvidas sobre qual a coisa certa a fazer. Temos, juntos, de achar algumas respostas, senão deixaremos essa geração de crianças abandonadas nesse zoológico ou nesse no circo.


JULIANA CARPANEZ


Fonte: UOL Tecnologia

Pessoas felizes reduzem risco de morte em até 35%

Felicidade está ligada a processos biológicos e fatores comportamentais

Um estudo publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences revelou que a felicidade pode ser a chave para uma vida longa, ou pelo menos mais longa do que se teria sem ela. A análise foi liderada por um cientista da University College London, no Reino Unido.

A pesquisa acompanhou 3.800 pessoas entre 52 e 79 anos durante cinco anos. Outros estudos analisaram a felicidade e a longevidade dos indivíduos baseando-se apenas em perguntas sobre o estado emocional de cada um. Já a nova pesquisa pediu aos participantes que classificassem os seus sentimentos de felicidade e ansiedade em diferentes pontos ao longo do dia.

Os pesquisadores alertam que o estudo não mostra uma relação de causa e efeito entre a felicidade e a longevidade, mas, sim, que a felicidade momentânea pode estar relacionada a processos biológicos ou fatores comportamentais que podem explicar a sobrevida de muitas pessoas.

Felicidade reduz o risco de infartos
Outro estudo, feito com mais de 1,5 mil pessoas no Canadá, mostra que a felicidade ajuda a blindar a saúde do coração. Pesquisas mais antigas mostravam que raiva e hostilidade, por exemplo, favoreciam os problemas cardiovasculares. Sintomas negativos como raiva, depressão e hostilidade aumentam as chances de alguém sofrer um infarto ou um derrame.

Este novo estudo, no entanto, quis enxergar qual é o impacto de bons sentimentos. Os resultados mostraram que as pessoas mais alegres têm 22% menos chances de desenvolver um problema cardíaco num período de 10 anos em comparação às pessoas com sentimentos neutros. Mesmo quando pessoas felizes estavam em depressão, os efeitos positivos ao coração eram mantidos.

Enquanto pessoas negativas tinham mais chance de desenvolver um problema cardiovascular. De acordo com os pesquisadores, são os fatores associados à felicidade que protegem o coração, como hábitos mais saudáveis, predisposição genética e impactos psicológicos que reduzem os níveis de estresse.

Fonte: Uol.com

Quando o seu terapeuta está a apenas um clique de distância


The New York TimesMelissa Weinblatt, 30, uma professora colegial do Oregon, costumava fazer tratamento psicológico da maneira convencional --no consultório, face a face com o psicólogo. Hoje, com seu novo médico, ela disse que pode ter uma sessão na frente do computador tomando o café da manhã ou antes de sair à noite.
Serviços de videofone como Skype e sites de terceiros como CaliforniaLiveVisit.comtornaram as sessões on-line cada vez mais acessíveis para pacientes psiquiátricos. Um site de terapia on-line, Breakthrough.com, disse que registrou 900 psiquiatras, psicólogos, conselheiros e treinadores em apenas dois anos.
Viktor Koen/The New York Times
Muitos terapeutas estão a apenas um clique de distância, mas é preciso tomar cuidado para não ser vítima de exploração
Muitos terapeutas estão a apenas um clique de distância, mas é preciso tomar cuidado para não ser vítima de exploração
"Em três anos isto vai decolar como um foguete", disse Eric Harris, advogado e psicólogo que dá consultas pela American Psychological Association Insurance Trust.
"Todo mundo vai ter disponibilidade audiovisual em tempo real. Haverá um grupo de verdadeiros fiéis que acharão que estar em uma sala com o cliente é especial e que não se pode replicar isso em um envolvimento remoto", disse. "Mas muita gente, especialmente jovens clínicos, sentirão que não há base para se pensar assim. De todo modo, os padrões profissionais adequados terão de ser seguidos."
Weinblatt disse que prefere as sessões on-line ao antigo modelo. "Existe um conforto em carregar seu médico com você como um cobertor de segurança", disse ela. "E, como ele fica mais acessível, sinto que preciso menos dele."
O tratamento on-line inverte um elemento básico da relação terapêutica: o contato visual. Paciente e terapeuta geralmente olham para o rosto do outro na tela do computador. Mas em muitos casos a câmera fica em cima do monitor, e então os olhares ficam desviados. Vários estudos concluíram que a satisfação do paciente com a interação face a face e a terapia on-line é estatisticamente semelhante. Psicólogos dizem que certas condições poderiam ser adequadas para o tratamento on-line, incluindo agorafobia, ansiedade, depressão, distúrbio obsessivo-compulsivo e terapia comportamental cognitiva.
Sandy Huffaker/The New York Times
Marlene Maheu (na tela), terapeuta de San Diego, usa videoconferência para se comunicar com um paciente
Marlene Maheu (na tela), terapeuta de San Diego, usa videoconferência para se comunicar com um paciente
Mas há muitas perguntas. Como o seguro deve reembolsar a terapia on-line? As sessões de videoconferência são gravadas? São à prova de hackers? E se os pacientes tiverem colapsos?
Marlene M. Maheu, fundadora do Instituto de Saúde TeleMental, que treina provedores, disse: "É mais complexo do que as pessoas imaginam. O website de um provedor pode dizer: 'não lido com pacientes que têm tendências suicidas'. Mas é nosso trabalho avaliar os pacientes, e não lhes pedir para se autodiagnosticarem".
Ela pratica a terapia on-line, mas defende proteções ao consumidor e um treinamento rigoroso para os terapeutas. Johanna Herwitz, uma psicóloga de Nova York, experimentou o Skype para aumentar a terapia face a face. "Ele cria essa versão inferior e perversa da intimidade", disse. "O Skype não desinibe terapeuticamente os pacientes para que baixem a guarda e assumam riscos emocionais. Eu decidi não fazer mais isso."
Matt Nager/The New York Times
O psiquiatra Heath Canfield atende a alguns de seus pacientes via Skype
O psiquiatra Heath Canfield atende a alguns de seus pacientes via Skype
Heath Canfield, psiquiatra do Colorado, usa o Skype para continuar a terapia com alguns pacientes de seu antigo consultório na Costa Oeste. "Não é a mesma coisa que estar lá, mas é melhor que nada", disse. "E eu não trataria dessa maneira pessoas gravemente doentes."
As armadilhas da videoconferência com doentes mentais graves ficaram claras para Michael Terry quando ele fez avaliações para pacientes nas ilhas Aleutas, no Alasca.
"Certa vez eu estava usando um jaleco branco, e a parede atrás de mim era branca", disse Terry, que é professor na Universidade de San Diego. "Meu rosto ficou escuro por causa do contraste, e o paciente pensou que estivesse falando com o diabo."

JAN HOFFMAN
DO "NEW YORK TIMES"

Morte Preciosa - Arthur W. Pink

“Preciosa é aos olhos do SENHOR a morte dos seus santos” (Salmos 116:15).

Essa é uma das muitas declarações confortantes e abençoadoras na Sagrada Escritura com respeito àquele grande evento do qual a carne tanto se contrai. Se o povo do Senhor fizesse mais frequentemente um estudo em oração e fé do que a Palavra diz sobre a partida deles deste mundo, a morte perderia muito, se não tudo, dos seus terrores para eles. Mas ah!, ao invés de fazer isso, eles deixam sua imaginação correr solta, se entregam a temores carnais, andam por vista e não por fé. Olhando para o Espírito Santo em busca de direção, esforcemos-nos para dissipar, à luz da revelação divina, algumas das trevas que a incredulidade lança ao redor até mesmo da morte de um cristão.

“Preciosa é aos olhos do SENHOR a morte dos seus santos”. Essas palavras declaram que um santo morrendo é um objeto de atenção especial para o Senhor, pois note as palavras “aos olhos do”. É verdade que os olhos do Senhor estão sempre sobre nós, pois Ele nunca tosqueneja nem dormita. É verdade que podemos dizer a todo tempo: “Tu és Deus que vê”. 2 Mas parece, a partir da Escritura, que existem ocasiões quando Ele observa e cuida de nós de uma maneira especial. “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia” (Salmos 46:1). “Quando passares pelas águas, estarei contigo” (Isaías 43:2).

“Preciosa é aos olhos do SENHOR a morte dos seus santos”. Isso traz diante de nós um aspecto da morte que é raramente considerado pelos crentes. Ele nos dá o que pode ser chamado de o lado divino do assunto. Com muitíssima freqüência, contemplamos a morte, como a maioria das outras coisas, a partir do nosso lado. O texto nos diz que do ponto de vista do Céu, a morte de um santo não é algo repugnante ou horrível, nem trágico ou terrível, mas “precioso”. Isso levanta a pergunta: Por que a morte do Seu povo é preciosa aos olhos do Senhor? O que existe na última grande crise que é tão querido para Ele? Sem tentar uma resposta exaustiva, sugiramos uma ou duas respostas possíveis.

1. Suas pessoas são preciosas ao Senhor.

Eles sempre foram e sempre serão queridos para Ele. Seus santos! Eles são aqueles sobre quem Seu amor foi posto antes da Terra ser formada ou os céus criados. Foi por causa desses que Ele deixou Seu Lar nas alturas e a quem Ele comprou com Seu sangue precioso, voluntariamente dando Sua vida por eles. Eles são aqueles cujos nomes são trazidos no peitoral do nosso grande Sumo Sacerdote e gravados nas palmas das Suas mãos. Eles são o dom de amor do Pai para Ele, Seus filhos, membros do Seu corpo; portanto, tudo que diz respeito a eles é precioso aos Seus olhos. O Senhor ama Seu povo tão intensamente que os próprios cabelos das suas cabeças estão contados: os anjos são enviados para ministrar a eles; e porque suas pessoas são preciosas ao Senhor, as suas mortes também o são.

2. Porque a morte termina as tristezas e sofrimentos dos santos.

Os nossos sofrimentos têm uma razão de existência, pois por muita tribulação devemos entrar no reino de Deus (Atos 14:22). Todavia, o Senhor não “não aflige…de bom grado” (Lm. 3:33). Deus não é esquecido nem indiferente para com nossas provas e tribulações. Concernente ao Seu povo de outrora, está escrito: “Em toda a angústia deles foi ele angustiado” (Is. 63:9). “Como um pai se compadece de seus filhos, assim o SENHOR se compadece daqueles que o temem” (Sl. 103:13). Assim, também somos informados que nosso grande Sumo Sacerdote se “compadece das nossas fraquezas” (Hb. 4:15). Aqui, então, pode haver outra razão pela qual a morte de um santo é preciosa aos olhos do Senhor – porque ela marca o término de suas tristezas e sofrimentos.

3. Porque a morte proporciona ao Senhor uma oportunidade de mostrar Sua
suficiência.

O amor nunca é tão feliz como quando ministrando às necessidades do seu objeto querido, e nunca o cristão é tão necessitado e impotente como na hora da morte. Mas a extremidade do homem é a oportunidade de Deus. É então que o Pai diz ao Seu filho em temor: “Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te esforço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça” (Is. 41:10). É por causa disso que o crente pode responder confiantemente: “Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam” (Sl. 23:4). Nossa própria fraqueza apela à Sua força, nossa emergência à Sua suficiência. Esse princípio é mais abençoadoramente ilustrado nas bem conhecidas palavras: “Como pastor, apascentará o seu rebanho; entre os braços, recolherá os cordeirinhos (os fracos) e os levará no seu regaço; as que amamentam, ele as guiará mansamente” (Isaías 40:11). Sim, Sua força é aperfeiçoada em nossa fraqueza. Portanto, a morte dos santos é “preciosa” aos Seus olhos porque proporciona ao Senhor uma ocasião bendita para Seu amor, graça e poder serem ministrados ao Seu povo indefeso.

4. Porque na morte o santo vai direto para o Senhor.

O Senhor se deleita em ter Seu povo consigo. Isso foi benditamente evidenciado por todo o Seu ministério terreno. Para onde quer que fosse, o Senhor tomava Seus discípulos para ir juntamente com Ele. Quer estive no casamento em Caná, nas festas santas em Jerusalém, na casa de Jairo quando sua filha estava morta, ou no Monte da Transfiguração, eles sempre O acompanhavam. Quão bendita é a palavra em Marcos 3:14: “E nomeou doze para que estivessem com ele”. E ele é “o mesmo ontem, e hoje, e eternamente” (Hebreus 13:8). Portanto, Ele nos assegurou: “E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também” (João 14:3). Preciosa então é a morte dos santos aos Seus olhos, pois ausentes do corpo, estamos “presentes com o Senhor” (2Co. 5:8).

Enquanto estamos sofrendo com a remoção de um santo, Cristo está se regozijando. Sua oração foi: “Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste” (João 17:24), e na entrada para o Céu de cada um do Seu povo, Ele vê uma resposta a essa oração com alegria. Ele contempla em cada um que é livre do “corpo desta morte” (Rm. 7:24) outra porção da recompensa do trabalho da Sua alma (Is. 53:11), e fica satisfeito. Portanto, a morte dos Seus santos é preciosa ao Senhor, pois Lhe dá ocasiões para regozijo.

É muito interessante e instrutivo analisar a plenitude da palavra hebraica aqui traduzida como “preciosa”; ela pode ser traduzida também como “excelente”. “Quão excelente é a tua benignidade, ó Deus!” (Sl. 36:7, versão do autor).3 “Um homem de entendimento é de excelente espírito” (Pv. 17:27, versão do autor). 4 Não importa quão digna ou indignamente ele possa viver, a morte de um santo é excelente aos olhos do Senhor.

A mesma palavra hebraica é traduzida também como “honroso”. “Filhas de reis se encontram entre as tuas damas de honra” (Sl. 45:9, RA). Assim, Assuero perguntou de Hamã: “Que se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada?”(Ester 6:6). Sim, a troca da Terra pelo céu é verdadeiramente honrosa, e: “esta honra, tê-la-ão todos os santos. Louvai ao SENHOR!” (Sl. 149:9).

Essa palavra hebraica é traduzida também como “esplendor”. “Se olhei para o sol, quando resplandecia, ou para a lua, que caminhava esplendente” (Jó 31:26, RA). Apesar de ser escuridão e trevas para aqueles a quem o cristão deixa para trás, ela é esplendente “aos olhos do Senhor”: “mesmo depois de anoitecer, haverá claridade” (Zc. 14:7, NVI). Preciosa, excelente, honrosa, esplendente aos olhos do Senhor é a morte dos Seus santos. Possa o Senhor fazer esta pequena meditação preciosa para os Seus santos.

Fonte: Capítulo 17 do livro Comfort for Christians, de Arthur Walkington Pink.
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto, E-mail para contato: felipe@monergismo.com. Traduzido em 05 de Novembro de 2006.
2 Nota do tradutor: Gênesis 16:13, RA.
3 Nota do tradutor: “Quão preciosa é, ó Deus, a tua benignidade! E por isso os filhos dos homens se abrigam à sombra das tuas asas” (Sl. 36:7, RA).
4 “Retém as suas palavras o que possui o conhecimento, e o homem de entendimento é de precioso espírito” (Pv. 17:27, RA).

Fonte: Monergismo

Trânsito sem lei!

Enquanto isso, no ministério do esporte...

Valeu Professor!


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Amando as crianças como a si mesmo

Os pequenos e pequenas também são nossos próximos: amando as crianças como a si mesmo


História de Vida
Uma noite, muito tarde, D.L. Moody, o famoso evangelista americano do século dezenove, chegou em casa depois de pregar numa reunião. Emma, sua esposa, já estava dormindo. Quando seu cansado esposo deitou na cama, ela virou e murmurou:
- Como foi esta noite?
- Muito boa – respondeu ele. Duas pessoas e meia.
Sua esposa permaneceu em silêncio por um momento, depois sorriu e perguntou:
- Querido, quantos anos tinha a criança?
- Não, não, não – respondeu Moody. Foram duas crianças e um adulto! As crianças têm toda sua vida adiante. A metade da vida do adulto já foi.
Extraído d o livro: Não se esqueçam das Crianças (2007), Dr. Wess Stafford, Compassion Internacional
Tempo de conversar
1. Que imagem veio à sua mente ao ler “duas pessoas e meia”?
2. Você pensou da mesma maneira que a sra. Moody: dois adultos em pé na frente de um auditório com uma criança ao lado?
3. Por que nessa história associamos naturalmente a palavra “pessoa” com adultos e a palavra “meia” com crianças?
4. Que outros termos que incluem crianças e adultos são usados pensando-se exclusivamente nos adultos?
5. Quais são algumas situações onde meninos e meninas são excluídos?
O que a Bíblia diz
Leia: Lucas 10.25-37
Para discutir:
a. Pense por um momento. E se a personagem desse relato fosse uma pessoa menor de idade? Quais são as situações que deixam as crianças à margem do caminho da vida hoje?
b. Você acredita que o comportamento do sacerdote e do levita seria diferente se tivesse sido uma pessoa menor de idade e não uma pessoa adulta que estivesse ferida no caminho? Se tivesse sido uma criança, que outras razões esses dois personagens teriam para socorrê-la (ou não)?
c. Além do que o bom samaritano fez para ajudar este homem, que outra coisa ele teria que ter feito se a pessoa caída fosse uma criança?
d. Como é definido o termo “próximo” nas palavras de Jesus? Será que Jesus estaria de acordo que incluíssemos as crianças em nossa agenda de serviço?
e. De que maneira esse texto bíblico nos desafia a que nós, como adultos, possamos ver as crianças como os próximos a quem devemos servir?
Aplicação para a vida
1. Quando você pensa em ser o próximo de alguém, você pensa em uma pessoa adulta ou em uma criança?
2. De que outras maneiras concretas podemos ser os próximos das crianças, em nível pessoal ou em nossas comunidades?
3. Que mudanças seriam necessárias para incluir a misericórdia em nosso relacionamento com as crianças e assim transformá-las em nossos próximos?
Para pensar
Ser o próximo de meninos e meninas implica, em primeiro lugar, nossa responsabilidade de amá-los. Os que em primeiro lugar têm a responsabilidade de ser o próximo de uma criança são os pais dela. Mas quando os pais se descuidam dessa tarefa, cada um de nós tem a obrigação de agir como pai e mãe para as crianças que cresceram sem eles. Portanto, ser o próximo das crianças significa incluir a paternidade/maternidade em nosso relacionamento com elas. Ser o próximo das crianças implica ser bondosos com elas. Tratá-las como nós gostaríamos de ser tratados. Ser o próximo nos compromete com todos os que têm necessidades, mas de maneira especial com as crianças, que são mais vulneráveis e que necessitam nossa solidariedade.
Observação: antes de realizar esse estudo, leia as orientações em Introdução
Para saber mais:
Para mais informações e detalhes sobre a Campanha na América Latina acesse:www.juntosporlaninez.com
Ou faça contato pelo e-mail info@juntosporlaninez.com ou pelo telefone (506) 2280-4400 Ext. 109
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Campanha Regional “Ame o seu próximo”: Bons Tratos para a Infância
Alex Chiang, pastor, educador e conferencista. Abril 2009. Tradução Rede Mãos Dadas –www.maosdadas.org

No dia da criança

Acidentes no Trânsito

No Brasil mais de 40.000 pessoas perdem a vida anualmente em acidentes de transito, porém acredita-se que estes números são maiores pois as estatísticas são falhas. Só nas rodovias paulistas em 2001 ocorreram 61.000 acidentes com 2.300 mortes e 23.000 pessoas gravemente feridas. Até 15 de fevereiro já morreram 703 pessoas nas rodovias federais, resultado de 13.400 acidentes.  Em todo o mundo o transito ceifa vidas, porém os números brasileiros são alarmantes e disparam na frente de qualquer país do mundo.

CAUSAS MAIS COMUNS DE ACIDENTES DE TRANSITO

Erro humano, em todo o mundo, é responsável por mais de 90 % dos acidentes registrados. Principais imprudências determinantes de acidentes fatais no Brasil: por ordem de incidência:

  • Velocidade excessiva;
  • Dirigir sob efeito de álcool;
  • Distancia insuficiente em relação ao veiculo dianteiro;
  • Desrespeito à sinalização;
  • Dirigir sob efeito de drogas.
Fatores determinantes das imprudências:
  • Impunidade / legislação deficiente;
  • Fiscalização corrupta e sem caráter educativo;
  • Baixo nível cultural e social;
  • Baixa valorização da vida;
  • Ausência de espírito comunitário e exacerbação do caráter individualista;
  • Uso do veículo como demonstração de poder e virilidade.

ELEMENTO HUMANO NA DIREÇÃO

O veículo a motor, como qualquer outra máquina, exige que o ser humano esteja qualificado tecnicamente e mentalmente para opera-lo seguramente.  O cidadão comum não dispõe de qualquer outra maquina ou dispositivo que lhe dê a sensação de tanto poder.  Um indivíduo com um carro importado de alto valor pode cometer todo tipo de infração apenas para satisfazer seu ego, ao passo que um indivíduo com carro velho e de baixo valor pode cometer os mesmos tipos de infrações também para satisfazer seu ego.
  • No mundo atual o veículo a motor é o meio mais barato e mais fácil que o cidadão comum possui para extravasar seu estado emocional, tanto para o bem como para o mal. Como nos países subdesenvolvidos (até pela própria natureza de subdesenvolvimento) o número de pessoas dotadas de estado emocional voltado para ações negativas é muito grande, por esta razão o trânsito transforma-se em verdadeira carnificina.
  • A velocidade fascina o ser humano, a ponto de correr simplesmente pelo prazer de correr, mesmo que não tenha nenhum objetivo a ser atingido.

Tempo de Reação

Para que uma pessoa responda adequadamente a determinado estimulo, é necessário que esteja "alerta", caso contrário poderá causar um acidente. Este estado de "alerta" é afetado por muitos fatores, fazendo com que as pessoas respondam com maior ou menor rapidez em situações de emergências.
O intervalo de tempo entre o reconhecimento de uma situação perigosa e a ação de resposta a esta situação é chamado de tempo de reação, e depende da condição física e do estado emocional do indivíduo. 
O tempo médio de reação de uma pessoa jovem em bom estado de saúde é de aproximadamente 0,75 segundos. Este é praticamente o tempo que o cérebro necessita para processar as informações que está recebendo e definir uma ação.

Fatores que influenciam o tempo de reação:
  • Definitivos: idade, deficiência física (visão, audição, paralisias etc.);
  • Temporários: enfermidades passageiras (resfriado comum, dor de cabeça etc.), álcool, drogas, medicamentos, estado emocional
ÁLCOOL E DROGAS - podem retardar consideravelmente o tempo de reação. As estatísticas americanas de acidentes no transito indicam que o álcool está envolvido em quase 50 % dos acidentes com mortes. Alguns especialistas indicam que dependendo da pessoa, apenas dois copos de cerveja podem fazer seu tempo de reação aumentar para 2 segundos.

ESTADO EMOCIONAL - também pode retardar os reflexos e o tempo de reação de um motorista. O indivíduo que trás para o volante suas preocupações de: emprego, salário, conjugais, e frustrações decorrentes de seu dia a dia, poderá alterar muito seu tempo de reação principalmente em função do baixo nível de concentração na atividade de dirigir.

Indivíduos imaturos também constituem um grupo de grande propensão para o acidente no trânsito uma vez que sua necessidade de auto-afirmação faz com que hajam impulsivamente e agridam e desrespeitem os direitos e a vida das outras pessoas. Este tipo de comportamento é altamente difundido no trânsito brasileiro.

DISTÂNCIA MÍNIMA NECESSÁRIA PARA PARAR UM VEÍCULO COM BASE NO TEMPO DE REAÇÃO E NA VELOCIDADE DO VEÍCULO.
VELOCIDADE (km/h)
NORMAL
(0.75 segs.)
RETARDADO
(2 segs.)

DISTÂNCIA ( m)
DISTÂNCIA ( m )
50
10
28
80
16
44
90
18
37
100
20
41
110
22
45
120
25
66
CONDIÇÃO PROVOCADA DE ACIDENTE INEVITÁVEL

Muitos indivíduos ao conduzirem seus veículos criam condições ideais e irreversíveis para que o acidente ocorra, isto normalmente ocorre em função da completa ignorância em relação aos fatores causadores dos mesmos. Usando a tabela acima facilmente identificaremos tais fatores que proliferam em grande intensidade nas rodovias e ruas brasileiras.
  • Reação normal + distancia incompatível com a velocidade - tornado impossível a parada de emergência, no momento necessário;
  • Reação retardada + não reconhecimento de tal situação + distância incompatível com velocidade. Parada impossível e situação irreversível;
  • Reação retardada + reconhecimento da situação + distância incompatível com a velocidade. Parada impossível.
No Brasil o número de acidentes causados pela imprudência dos motoristas, batendo na traseira do veículo que vai a frente, é tão grande, que a jurisprudência considera quem bate atrás como culpado. A mídia está repleta de depoimentos de motorista causadores acidentes que afirmam que os "freios" de seu veículo não funcionaram a tempo de evitá-lo.

PROCEDIMENTOS QUE JÁ SALVARAM MUITAS VIDAS

  • Jamais dirija após ingerir bebidas alcoólicas - porém se desejar fazê-lo, reconheça que seu "tempo de reação" ficará alterado e, portanto procure dirigir em velocidades muito mais baixas do usual na via que estiver trafegando.
  • Não utilize drogas antes e nem durante a condução de veículos. Embora algumas drogas sejam usadas para estimular habilidades, com relação ao "tempo de reação" produzem efeito comprovadamente contrário;
  • Reduza a velocidade quando seu estado emocional estiver comprometido ou evite dirigir;
  • Mantenha sempre distância de segurança em relação aos outros veículos;
  • Utilize sempre e adequadamente os dispositivos de segurança;
  • Respeite e procure entender a razão da sinalização de transito, isto poderá evitar um acidente;
  • Evite colocar - se em uma condição causadora de acidente;
  • Finalmente, considere que todo acidente pode e deve ser evitado.