Viciado em Facebook? Página cria programa de reabilitação para usuários assíduos

Encare isso, você é um viciado. O lema da página FaceAnônimos é dirigido aos usuários que não passam um dia, até mesmo algumas horas, sem curtir posts, publicar comentários e conferir atualizações de seus contatos em tempo real. O “divertido experimento”, criado no mês passado, oferece aos adeptos da causa um tratamento por duas semanas, incluindo “reuniões” entre os membros e uma planilha para controle dos acessos. O desafio é que nenhum usuário visite a página do Facebook mais que duas vezes em 24 horas.
Feito o cadastro, o heavy user precisa preencher diariamente uma planilha, executada no Google Docs, realizando um auto acompanhamento sobre o seu número de acessos por dia. Ao estilo reuniões em grupo, o FaceAnônimos ainda oferece um espaço, localizado na home do site, para que todos compartilhem suas experiências e informem sua frequência de visitas. A ironia é que seu comentário no F.A é publicado na página original do Facebook, além da exisitência da função “curtir”. Alguns usuários brasileiros já aderiram ao ‘grupo’. “Estava testando, não é que funciona”, publicou Andreza Chiprauski.

Qualquer cadastrado pode conferir o progresso (ou não) dos colegas que estão na “reabilitação”. A planilha é pública, mas é possível manter a identidade em sigilo. Se você achou esta ideia um pouco exagerada, a cada dia mais usuários fazem o teste e voltam para atualizar a planilha, Se os dados exibidos na planilha forem verdadeiros, o programa tem dado certo para a maioria. A usuária Rachel S. começou o teste com 666 visitas ao dia e diminuiu para 11 acessos.
Os criadores da “clínica”, Dan Peguine e Siavoh Aratesh, querem modificar o hábito dos internautas. “Nós decidimos que era hora de o uso do Facebook tornar-se saudável, além de utilizar melhor nosso tempo livre. Começamos com uma planilha pública para gravar nossos logins e convidar amigos para participar”, contaram ao Social Times, portal especializado em conteúdo de redes sociais.
“Depressão do Facebook”
Com o ingresso de 750 milhões de usuários de todo o mundo no Facebook, segundo dados do blog TechCrunch, o espaço virtual deixou há alguns anos de ser uma simples comunidade de americanos. A maneira como os usuários utilizam a rede social pode até afetar o seu emocional, segundo estudo da Academia Americana de Pediatria (AAP), dos Estados Unidos. A explicação baseia-se no comportamento de jovens que, ao depararem-se com publicações de fotos e comentários que registram momentos felizes de outros colegas, ficam depressivos.
“O Facebook oferece uma visão distorcida do que realmente está acontecendo. No online, não é possível ver as expressões faciais ou ler a linguagem corporal que fornecem o contexto sobre a situação real das pessoas”, explicou Gwenn O’Keeffe, pediatra de Boston que fez parte da pesquisa.
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