Profissionais que continuam estudos podem dobrar valor do salário


Estudo mostra que empresas buscam funcionários que tenham mais do que graduação. Especialização, idioma e bom relacionamento ajudam no crescimento da carreira.


Um estudo com 140 mil entrevistados montou um perfil do trabalhador queridinho nas empresas. Quem contrata quer mais do que a faculdade, já que 85,7% dos profissionais especializados terminaram a universidade.
Para quem tem título de mestre ou doutor, as empresas pagam até 119,86% a mais.
Se for na área de diretoria, um curso de MBA valoriza ainda mais o salário: 39,16%.
Quem tem fluência em inglês pode ganhar até 111% a mais.
As empresas também gostam de funcionários experientes, entusiasmados e que mantenham um bom relacionamento com os colegas.
“O mercado fica cada vez mais exigente, as empresas que já possuem esse perfil de profissional não vão querer regredir. Você tem um diferencial, por isso a empresa prefere pagar um salário maior pra quem se preparou pra chegar nesse ponto ou ter esse nível hierárquico”, comenta Lucio Tezotto, gerente de atendimento da Catho Online.
Quem já trabalha e ainda não conseguiu chegar à faculdade pode começar por um curso técnico. “É mais barato, a duração é mais curta e como funcionário ele já pode oferecer um conhecimento melhor, vai ganhar mais e conseguir pagar uma universidade ou faculdade para ganhar mais espaço no mercado de trabalho”, ressalta Tezotto.
No noroeste de São Paulo, por exemplo, é justamente de profissionais com experiência técnica que uma indústria, em Sertãozinho, está procurando. Ela fabrica equipamentos para geração de energia elétrica e que são usados nas usinas de açúcar e álcool. Os salários variam de dois a sete mil reais
Outro levantamento aponta ainda o que os trabalhadores buscam e neste caso também aparecem os estudos. Profissionais dizem que o salário nem sempre é o maior atrativo. Escolhem a empresa que oferece cursos de treinamento, qualificação e um bom ambiente de trabalho.
“Procuro salário, benefícios, comodidade, se é perto de casa, se tem estacionamento, se não tem”, diz Felipe Reis, gerente de projeto.
O executivo de uma empresa que pesquisa o mercado de benefícios há 30 anos alerta: companhias que oferecem assistência médica, odontológica, seguro e previdência têm que se atualizar.
“Elas têm que olhar um aspecto muito valorizado pelas pessoas hoje que é o treinamento, desenvolvimento e a imagem da empresa em que eles trabalham. Esses são os fatores de retenção e atração que a gente tem observado”, explica Felinto Sernachi, líder do setor de benefícios – Catho.
Katia Michelin, coordenadora de operações, é exemplo desta transformação nas empresas e nos funcionários. “De uns tempos para cá, desde que eu comecei a me especializar, meu salário aumentou e as oportunidades mudaram”, afirma.
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