Mano veta pastor na concentração da seleção brasileira

COPA AMÉRICA
Presença de religiosos e manifestações de crença, liberadas na era Dunga, agora são proibidas




O técnico Mano Menezes proibiu a presença de líderes religiosos na concentração da seleção na Copa América.

Durante a era Dunga (2006-2010), pastores tinham livre acesso aos bastidores do time nacional. No Mundial da África do Sul, em 2010, o pastor Anselmo Alves frequentou o hotel da seleção para dar ajuda espiritual aos atletas de Dunga.


Nas folgas, como hoje, os jogadores têm liberdade para encontros religiosos.
A CBF também monitora o fervor religioso dos atletas.


Antes da estreia do Brasil -no dia 3 de julho, contra a Venezuela-, a entidade vai alertar os jogadores para evitar comemorações com mensagens religiosas.


Jogadores festejando gols com frases religiosas em camisetas e integrantes da comissão técnica comandando orações no centro do campo depois de conquistas de títulos eram hábito na seleção.


A Fifa já censurou a CBF por causa das manifestações religiosas dos atletas dentro de campo. Depois da conquista da Copa das Confederações de 2009, a federação pediu moderação na atitude dos atletas mais fiéis.


Na época, os jogadores da seleção fizeram uma roda no centro do campo e rezaram.
A Fifa informou que não puniria os atletas na ocasião porque a manifestação ocorreu depois do apito final.
Já no Mundial, a entidade comunicou que enviaria representante para monitorar as seleções, a fim de evitar mensagens religiosas. A Fifa não gosta de misturar futebol com política ou religião.


Depois da Copa do Mundo, a CBF escanteou a ala religiosa. Na comissão técnica e na administração da seleção, ela deixou o poder.


Na África do Sul, o auxiliar técnico Jorginho foi apontado como o responsável por aparelhar a delegação brasileira de evangélicos. Ele foi o responsável pela contratação de Marcelo Cabo para ser "espião" de Dunga na Copa.


Desconhecido no futebol, Cabo frequentava com Jorginho a Igreja Congregacional da Barra da Tijuca. O auxiliar técnico influiu até na escolha dos seguranças da seleção. Um deles foi colocado no posto por ser evangélico.


Dentro de campo, a força dos religiosos é menor e as manifestações públicas também são. O grupo perdeu força com as saídas de Kaká e Felipe Mello, que faziam questão de sempre expressar a fé nas entrevistas coletivas.


No ano passado, atletas do Santos -incluindo Ganso, Robinho e Neymar, que estão na seleção- se recusaram a visitar um centro espírita. Argumentaram "motivos religiosos e outras coisas". Dias depois, pediram desculpas e fizeram uma visita ao local.



Fonte: Folha.com
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