Inglaterra abre clínica para viciados em videogames

O doutor Richard Graham, diretor da primeira clínica do mundo especializada na 
recuperação de viciados em jogos eletrônicos, explica que essa doença é 
capaz de arruinar a vida de qualquer pessoa.

A Inglaterra abriu a primeira clínica do mundo para atender crianças e adolescentes viciados em videogames. Assim como no consumo de álcool e cigarro, por exemplo, nem todo mundo que joga videogame e usa computador se torna um viciado em games e internet.

James é um adolescente inglês de 16 anos que passa até 15 horas em frente ao computador, jogando videogame. Ele não pratica atividade física, está cerca de 20 quilos acima do peso considerado ideal, e confessa que só vai à escola porque é obrigado pelos pais – e que quando está lá, só pensa em voltar para casa para jogar mais e mais.



"Eu odeio isso. É triste ver um filho vegetar desse jeito. Já arranquei o videogame da tomada, mas ele ficou agressivo, gritou comigo, quase me bateu. E eu tive que devolver o aparelho", contou a mãe do jovem, aos prantos.

Especialistas alertam que algo pode estar errado com a saúde mental do jovem quando ele prefere ficar trancado em casa jogando videogame no computador, evitando sair e se divertir de outras maneiras.

O diretor da clínica especializada no tratamento de jovens viciados em jogos eletrônicos, Richard Graham, explica que essa doença é capaz de arruinar com a vida de qualquer pessoa. "Abrimos a clínica para lidar com esse mal dos tempos modernos. A cura exige abstinência total. Por isso os pacientes ficam internados um mês, no mínimo".

O especialista aconselha a pais ou responsáveis de jovens viciados em games que não tenham acesso à clínica que tentem reduzir o tempo de jogo aos poucos, até chegar a uma ou duas horas diárias no máximo.

Ele ressalta ainda que os jogos podem proporcionar amizades e ser um bom passatempo, desde que praticados com moderação.




Fonte: G1 Globo.com
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