Palmadinha com dias contados? Não para os meus filhos!

O Projeto de Lei 2.654/2003, proposto pela deputada Maria do Rosário (PT/RS), pretende alterar o ECA e o Código Civil, garantindo que a criança e o adolescente não sejam submetidos a qualquer forma de violência física.
O argumento é que os avanços na legislação (Estatuto da Criança e do Adolescente, Código Civil e Constituição) não foram capazes de romper com a cultura que admite o uso da violência “moderada” e da humilhação contra criança e adolescentes, sob a alegação de propósitos pedagógicos.

Olha, sei não…como pode vir um Congresso tão sem moral, sem ética, tão petista (fui redundante?), sem valores religiosos minimos, familiares minimos, interferir na forma que eu vou educar meus filhos, proibir merecidas palmadas?

Agradeço a Deus todos os dias por meus pais. Agradeço mais ainda pelo pulso forte, pelo amor, por nunca desistir, pois …eu dei trabalho. E não foi pouco.

Dei banho em professor, pus cola na cadeira de outra professora, jogava biscoitos no chão e dizia que tinha sido outro colega; catolé no banheiros? Vários. Peido alemão na sala de aula e no ônibus, o “campus-tefé”? Mais alguns. Estas, apenas algumas entre outras atividades extra-classe.
Em casa, com 12 anos, sem saber o que era, vi uma garrafa de vinho, virei de uma vez. E virei de novo, agora com uma mãozada do papai. 

Fui mordido na perna pelo “Aritana”, cachorro vira-latas de um vizinho. Tentei dar umas pauladas no coitado. Não consegui. Papai evitou.

Palmada não adiantava, o couro da mão já estava cortido o suficiente. Eu já nem sentia mais. Peguei surra de galho de goiabeira, tala de papagaio, cinturão de couro, de tecido. Palmada na mão pra aprender a tabuada? Zilhões de palmadas. No colégio então, duas suspensões e vários puxões de orelha. Cansei de ficar de castigo na hora da merenda enquanto os chatos estavam brincando. Eu fui apenas… um menino levado.
Certa vez faltei com o respeito com uma professora. Ela me apresentou à vara de marmelo. Fui pra casa  com o lombo ardendo (esses meninos de hoje nunca ouviram falar dessa expressão).

Ardia demais, tirei a camisa, quando seo Ocimar, meu amado pai, viu as marcas e perguntou o que tinha acontecido. Tentei desconversar, mas acabei tendo que contar. Ele pegou outra vara e me finalizou. Fatality. Flawless victory. Aprendi que tinha que respeitar os professores.

Hoje agradeço aos meus pais e a todos esses que, com puxões de orelha, tapas, palmadas (quando necessário) e muita paciencia, sofreram pra educar um menino com muito gás pra gastar.
Diante disso, repudio com todas as minhas forças aqueles que querem legislar contra os valores da familia, contra valores religiosos,  tentando probir os pais de educar seus próprios filhos.

Meus filhos pegarão belas palmadas se assim merecerem. Surras se assim for necessário. Não se trata de violencia, humilhação, tortura. Serão educados pelo pai, e não por conselheiro tutelar, deputado ou assistente social. Pode me mandar pro psicólogo ou pro pisiquiatra, como a lei prevê. Eu faço questão de educar meus filhos.

Naquele pequeno espaço que separa a minha mão e a bunda dos meus filhos, mando eu!

por Christiano Naranjo
2 Responses
  1. Amado irmão , a paz do Sr. Jesus, gostei muito da postagem tenho 51 anos e ainda não esqueci o chinelo duro de minha amada mãe que dorme no Senhor.
    Passei a ser um seguidor deste blog pois já venho recebendo por imail as atualizações do mesmo.
    Parabéns.
    Pastor Ademir Marques- Nova Iguaçú-RJ


  2. Pois é, meu querido irmão Sebastião, a que ponto chegamos!!! Tem toda razão o irmão Christiano, de fazer esse justo protesto. Eu também levei surras memoráveis e diversos puxões de orelha quando criança. Nenhuma delas me levou à morte ou me prejudicou. Pelo contrário, não fossem elas e eu nem sei no que teria me tornado! Não que eu fosse tão encapetado assim! Creio que o Christiano foi bem mais capeta do que nós todos juntos, pelo que ele relata. Minhas surras foram merecidas. Só a minha mãe que às vezes me surrava, mesmo quando achava bonito o que eu fazia. Ela olhava para a "obra de arte" e dizia: "bonito...muito bonito né, seu cachorro?!?" E descia o chicote no lombo. Isso até hoje ainda não entendi...